Quatro em cada dez consumidores deixaram de fazer algum consumo nos últimos 12 meses para gastar o dinheiro com jogos e apostas on-line. E 25% dos consumidores que têm esse hábito admitem que gastam mais do que podem com apostas esportivas, slots (jogos on-line), roletas, caça níqueis e poker virtual, segundo destaca a FCDL-GO.
Com base em levantamento realizado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) junto com a Offerwise Pesquisas, a FCDL-GO alerta para os riscos do uso incontrolado dos jogos on-line de azar. “As estatísticas mostram que grande parte dos consumidores estão se endividando nessas plataformas. O descontrole financeiro, na verdade, pode ser só a ponte de um iceberg de problemas, incluindo o comprometimento da vida social das pessoas”, comenta o presidente da FCDL-GO, Valdir Ribeiro.
Segundo ele, o vício em apostas on-line pode acarretar em prejuízos também no trabalho, nos relacionamentos e no orçamento familiar. Sinal claro disso é que, dos 46% que afirmam que abriram mão de algum consumo para fazer jogos e apostas, 16% deles deixaram de passear com a família. Outros produtos e serviços deixados de lado em função das apostas foram roupas, sapatos, acessórios (18%), internet (17%) e alimentação fora de casa/ delivery (16%).
A pesquisa mostra que o envolvimento em apostas e jogos on-line é uma realidade de mais de 40 milhões de brasileiros, incluindo goianos. E ainda: entre os 81% dos que admitem que têm jogado nos últimos 12 meses, 22% jogam de 2 a 3 vezes na semana, 20% semanalmente e 17% mensalmente. A média de gastos com jogos e/ou apostas no último mês foi de R$ 186, chegando a R$ 267 nas classes A/B. As formas de pagamento mais utilizadas pelos consumidores são PIX (72%) e cartão de crédito (18%).
A situação é tão grave que 18% já foram negativados devido a gastos com jogos e apostas esportivas pela internet, sendo que 10% ainda estão nesta situação. Além disso, as apostas impactam na vida social dos consumidores, uma vez que 30% declaram que os jogos e/ou apostas esportivas têm ou tiveram alguma influência na sua vida neste período, sendo elas a queda de produtividade no trabalho (11%) e endividamento (11%).
Outros problemas apontados também merecem atenção como ausência nas responsabilidades familiares (10%) e indícios de vícios como alívio no momento do jogo (10%) e irritação quando não estão jogando (9%).
Fonte: Assessoria de Comunicação/FCDL-GO (com informações da CNDL)