Os consumidores goianos negativados estão devendo mais para bancos do que para qualquer outro segmento da economia. As instituições financeiras são credoras de 62,68% dos débitos dos inadimplentes de Goiás, proporção cinco vezes maior do que as dívidas contraídas, por exemplo, com lojas do comércio (11,76%), segundo destaca a FCDL-GO.
Apurados pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), os números de junho deste ano indicam que, nos últimos 12 meses, a fatia das dívidas dos goianos com bancos aumentou 3,41%. Em junho de 2024, esses débitos representavam 60,61% entre tudo o que os consumidores deviam “na praça”. Em junho deste ano, essa proporção era de 62,68%. Concessionárias de água e luz (8,45%) e empresas de comunicação (6,29%) também aparecem entre os maiores credores.
“A principal dificuldade que o inadimplente tem para colocar as contas em dia com os bancos é que os juros, sobretudo do cartão de crédito, crescem muito rápido, formando uma bola de neve. Por isso, é fundamental negociar logo esses débitos para interromper o ciclo de juros compostos e começar a pagar as parcelas em dia, zelando para que o seu nome permaneça positivado e o score aumente, assim, progressivamente”, explica Valdir Ribeiro, presidente da FCDL-GO.
No quadro geral, o número de inadimplentes de Goiás cresceu 10,34% em junho de 2025, em relação a junho de 2024. O dado ficou acima das médias do Centro‐Oeste (9,78%) e do Brasil (7,73%). Em junho deste ano, cada consumidor goiano negativado devia, em média, R$ 5.206,82 (somando todas as dívidas). Ainda no mês passado, entre as negativações no estado, 87,19% foi de devedores reincidentes, que já tinham enfrentado a mesma situação nos últimos 12 meses.
Fonte: Assessoria de Comunicação/FCDL-GO