Apesar das últimas decisões do Copom (Comitê de Política Monetária) de reduzir a taxa básica de juros (Selic), mantida agora em 10,5%, a concessão de crédito para pessoa física ainda não decolou. Vem desacelerando, segundo observa a FCDL-GO baseada em levantamento divulgado neste mês pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).
No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em abril, o índice apresentou crescimento de 5,4%. Mas está longe de alcançar o patamar superior a 15% registrado em março de 2022, o maior da série histórica iniciada em dezembro de 2015. A concessão de crédito para pessoas jurídicas também segue em queda. Considerando o acumulado dos últimos 12 meses terminados em abril, caiu 0,8%.
Presidente da FCDL-GO, Valdir Ribeiro ressalta que a diminuição na concessão de crédito prejudica o comércio tanto do ponto de vista do consumidor como das empresas. “O consumidor sem crédito na praça acaba tendo o seu poder de compra restringido, adiando, assim, a aquisição principalmente de itens de maior valor agregado, como eletroeletrônicos e móveis. E as empresas, por sua vez, são obrigadas a engavetar seus projetos de expansão, o que impacta diretamente a geração de novos postos de trabalho.”
Valdir acrescenta que apesar das quedas na taxa Selic, o consumidor ainda vem pagando juros altos, mas as perspectivas para os próximos meses são positivas. A análise do SPC Brasil indica que as taxas médias de juros têm recuado progressivamente de abril de 2023 para cá. Em abril deste ano, a média dos juros cobrados de pessoa física foi de 32,65% e de pessoa jurídica, de 18,49% ao ano. O presidente da FCDL-GO conclui: “A nossa expectativa é que os juros continuem caindo para estimular o consumo e a atividade das empresas”.
Fonte: Assessoria de Comunicação/FCDL-GO