Cerca de 20 entidades nacionais dos setores de comércio, varejo e consumo divulgaram a carta Projeto para a Nação, construída com o propósito de desenvolver, implantar e acompanhar projetos que visam o crescimento sustentável do Brasil. A iniciativa foi lançada na semana passada, durante o encerramento do LRS (Latam Retail Show) 2023.
O grupo de entidades empresariais nacionais, do qual a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) participou, se reuniu desde o começo do ano, a fim de desenvolver propostas decisivas para a construção de um país melhor socioeconomicamente. Juntas, as lideranças se propuseram a conduzir pesquisas, desenvolver estratégias, implementar iniciativas e monitorar a execução de projetos.
“O setor empresarial sempre foi protagonista no Brasil, colaborando com um Brasil melhor ao gerar empregos e movimentar a economia. Agora, não é diferente: nos unimos para apresentar propostas essenciais para o crescimento sólido e permanente do país”, explica José César da Costa, presidente da CNDL.
15 propostas concretas
A carta “Projeto para a Nação” inclui 15 propostas concretas, que abrangem questões como tributação, economia, educação e bem-estar social. A ideia é oferecer para o Poder Público um roteiro sólido para o progresso econômico e social do Brasil e a expectativa é de que também atraia investimentos, tanto internos quanto externos, fortalecendo a economia e a posição do Brasil no cenário global.
“O ‘Projeto para a Nação’ continuará a ser construído a partir do que já existe do que possa ser atualizado, ajustado e ampliado. Entretanto, ao mesmo tempo, existem temas urgentes, de curto e médio prazo, que exigem alinhamento, mobilização, que representem o pensamento empresarial desses setores e sejam levados em consideração de forma ampla nas reformas e ações que se propõem neste momento”, diz um trecho da carta.
As 15 propostas iniciais são:
Ampliação do acesso ao crédito para consumidores e empresas em bases competitivas.
Simplificação tributária, redução da cumulatividade e da informalidade.
Ampliação do acesso à educação profissional e tecnológica de qualidade.
Atualização e ampliação da infraestrutura digital.
Diversificação da matriz logística nacional com o apoio da iniciativa privada.
Reorganização da matriz energética para diminuir o custo da energia e o risco do desabastecimento.
Modernização da legislação trabalhista para geração de empregos formais contemplando as novas alternativas das relações no trabalho e com redução dos encargos dos empregadores e sem alteração dos direitos dos empregados.
Revisão dos programas sociais para desestimular a informalidade e aumentar a ocupação e a qualificação profissional.
Simplificação regulatória, profissionalização e independência das agências reguladoras.
Integração ativa com a economia global com abertura comercial dentro de equivalentes critérios competitivos e tributários.
Ampliação da eficiência e produtividade do serviço público brasileiro a partir da transformação digital e racionalização de processos.
Implantação da reforma administrativa que promova a modernização, racionalização e a desburocratização do aparelho estatal, de modo a eliminar entraves, otimizar recursos e contribuir para o equilíbrio fiscal.
Melhoria do ambiente de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Valorização do tema ambiental com avanço das políticas públicas de promoção da sustentabilidade e adequação das regulações.
Promoção da reforma do judiciário de forma a agilizar processos e aumentar a segurança jurídica para investimentos internos e externos.
Além da CNDL, são participantes do grupo que construiu a Carta “Projeto para a Nação” as seguintes entidades:
Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico);
ABEVD (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas);
ABF (Associação Brasileira de Franchising);
Abiesv (Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo);
Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção);
Abmalls (Associação Brasileira de StripMalls);
ABMAPRO (Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização);
Abiótica (Associação Brasileira das Indústrias Ópticas);
Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes);
ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil);
Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços (Afrac);
Associação Nacional de Restaurantes (ANR);
Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB);
Instituto para Desenvolvimento para Varejo (IDV);
Instituto Foodservice Brasil (IFB);
LIDE (Grupo de Líderes Empresariais);
MBC (Movimento Brasil Competitivo);
Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos).
Fonte: Mercado&Consumo